sábado, 2 de janeiro de 2016

O silêncio e o poder

 

Queria escrever estes versos
Que ando curtindo faz tempo
Mas não posso escreve-los
Não sei escreve-los

Queria poder entender o silencio
Vive-lo como quem passeia nas ruas
Mas não posso
O poder tem destas vacuidades necessárias

E o silencio é de uma ignorância absoluta
Mas o que faço ante este estes versos
Em caio?!
Tenciono as cordas da linguagem

Hum ... e solto uma a uma
Quase me escapo por entre os dedos
Mãos que tateiam antes de possuir
E não possuem

Mera ilusão deste vazio solitário
Poço sem fundo
Cavernas de uma vontade vã
Controles incontroláveis

Não pode
Estás no limite
De um sonho que nunca foi real
Mas é tão presente que posso sonha-lo

Não pode
Na costura do destino
És o nó de um só ponto
Bordados a revelia de uma deusa pagã em tudo

Não pode
E ai daquele que tenta decifra-los
Cessem o necessário
Suspendam o superfulo

E não há vida que caiba
Esta é a nossa sorte
Do poder estar sempre aprisionado no silencio
Ou no momento presente

Depois
Silêncios
Inevitáveis
Contingências da realidade
Não
Não pode
Mais uma vez espirou
Por entre os versos e as metáforas

Mais uma vez
Falhou
Em por ordem
Nas palavras

Nas palavras?!

Não
Não posso impor minha arrogância
No seio de um entendimento
Que não é meu

Nuca fostes tu de fato
Nem eu ... nem nada

Apenas um dialogo interno
Absolutamente arbitrário de minhas querências
Para com as coisas do mundo
Reais ... absurdamente reais

No fundo
Eu quis fazer uns versos

Mas não pude