sábado, 12 de maio de 2012

A arte

Objetos de arte
São utensílios dos Deuses
Ou utensílios inúteis
Que manifesta a liberdade criadora do ser

O artista traz do abstrato
O oculto e o extremo da existência
Faz de seu tempo todos os tempos
O múltiplo que se torna uno de todas as formas

A arte finaliza o discurso
Nadifica a coisa e o artista
Arte não tem predicado
Está sempre no limite das palavras

terça-feira, 8 de maio de 2012

Ao Narciso

O narciaso moderno
Não morre afogado no lago
No maximo quebra o nariz


terça-feira, 1 de maio de 2012

Ao suicida

Versos delirantes
saber a qualquer custo
que sabe que sabe
Aquela tênue linha da loucura

O momento é uma agora esticado
Um nó de quatro pontas
tal como os sapatos
flutuam nos pés dos suicida

O nó na garganta
e aquele momento
passa num instante
um pendulo de um relógio abstrato

relógio de uma irrealidade
desmedido de tempo
último movimento
ultimo ato

depois

silêncio

Absurdos silêncios
escondem a tensão da corda
a força que faz flutuar os sapatos

Os que foram querendo
fitaram com os olhos atentos
a mente delirante do primeiro Fausto